sexta-feira, 16 de setembro de 2011

ARQBest-Arquitetura | Palm Springs e o Modernismo no deserto Californiano


A cidade era o lugar da moda em meados do século XX. Elvis Presley, Frank Sinatra, entre outras estrelas de Hollywood, eram freqüentadores assíduos. E esse público freqüentador levou até ali diversos arquitetos de grande importância da época, deixando em Palm Springs a rica herança de um estilo modernista.


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© Izabela Americano, "Coachella Valley".
Palm Springs é uma cidade americana situada no interior do estado da Califórnia, na parte oeste do vale Coachella, que possui aproximadamente 45 mil habitantes. Fica a duas horas de carro de San Diego e de Los Angeles. Seu clima é desértico, com sol em mais de 350 dias por ano, atingindo temperaturas altíssimas durante o verão e temperaturas mais amenas durante o inverno.
A cidade está localizada em uma planície no sopé das montanhas San Jacinto. Suas ruas, quase todas retas, são quase que inteiramente delineadas por palmeiras, o que dá à cidade um charme especial.
Com a invenção e popularização do ar condicionado a partir da década de 20, o deserto californiano deixou de ser uma região árida e pouco apetecível para se tornar um refúgio dos invernos austeros das regiões vizinhas. Foi quando o jet set internacional despertou para o vale Coachella e, ao desenvolver a área, levou até o deserto a arquitetura modernista, sinônimo de luxo e sofisticação para a época.
Conhecido pelo uso do vidro e linhas retas, o denominado modernismo do deserto está ligado a um estilo de vida de simples elegância e informalidade. Os principais arquitetos responsáveis pelos projetos que traduzem essas características em casas, comércios, igrejas, hotéis, escolas, entre outros, são os famosos Richard Neutra, John Lautner, Donald Wexler, Albert Frey, William "Bill" Krisel, Palmer and Krisel, Inc., William F. Cody, John Porter Clark, George e Robert Alexander e Stewart Williams.
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© Izabela Americano, "Casa Haufmann".
Um dos principais ícones do modernismo do deserto é a famosa casa Kaufmann, considerada a obra-prima do austríaco Richard Neutra, radicado nos Estados Unidos nos anos 20. Construída em 1946 com materiais como vidro, aço e pedra, foi recentemente leiloada com a dignidade de uma grande obra de arte, ao lado de obras de Andy Warhol e Francis Bacon, levando a arquitetura a um outro patamar - o de arte colecionável, como a pintura e a escultura. A casa de 300m2 foi adquirida por algo em torno de US$ 17 milhões.
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© Izabela Americano, "Casa Haufmann".
Outro ícone de igual importância para o cenário modernista de Palm Springs é o incrível posto de gasolina projetada por Albert Frey e Robson Chambers, construído em 1965. O edifício, de forma inusitada para um posto de gasolina, é hoje sede do centro de informações turísticas da cidade. Sua cobertura possui contornos de um parabolóide hiperbólico, feito com estrutura metálica.
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© Izabela Americano, "Posto de gasolina".
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© Izabela Americano, "Posto de gasolina".
Importante citar Stewart Willians, arquiteto que projetou várias edificações modernistas em Palm Springs. De todas as suas obras, merecem destaque o edifício de escritórios Oasis, concluído em 1952, a casa de Frank Sinatra, concluída em 1946, e o banco Coachella Valley, concluído em 1960. Esse banco, inclusive, possui formas semelhantes às de Oscar Niemeyer no Palácio da Alvorada, finalizado apenas dois anos antes, em 1958. Hoje, ele é a sede do banco Chase.
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© Izabela Americano, "Escritórios Oasis".
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© Izabela Americano, "Casa de Frank Sinatra".
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© Izabela Americano, "Banco Coachella Valley".
Um dos locais mais populares de Palm Springs é a chamada casa do futuro, construída em 1962 e projetada por William Krisel. Assim que a casa ficou pronta, a revista Look publicou uma reportagem falando que ela era um modelo de casa do futuro, o que lhe rendeu este nome. Mas a casa se tornou realmente famosa por ter sido o lugar onde Elvis e Priscilla Presley passaram sua lua de mel em 1967.
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© Izabela Americano, "Casa do Futuro".
O comitê responsável pela preservação da história de Palm Springs possui uma lista com 75 edificações do estilo modernismo do deserto. Para os que visitam a cidade, é possível comprar um mapa com a localização de todas elas.
A importância histórica da cidade está sendo cada vez mais reconhecida: Palm Springs foi citada como um dos 12 destinos culturais para arquitetura americana. Além de ser uma cidade linda e charmosa, alimenta os olhos de seus visitantes com cultura e design.

ARQBest-Arquitetura | Palácio da Pena: Um castelo de Príncipe e Princesas


O palácio da Pena é um dos ex-líbris da região de Lisboa. Situado no cimo da serra de Sintra, foi mandado construir pelo Rei consorte D. Fernando II de Saxe Coburgo Gotha. Em 1839, as ruínas de um antigo convento e a zona envolvente maravilharam o monarca, que aí mandou construir a sua residência de Verão. Inspirado na arquitectura de outros castelos europeus, e com uma decoração exótica e extremamente detalhista, o Palácio Nacional da Pena é o mais completo exemplar do Romantismo português.



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Palácio da Pena, entrada principal.
Em 2007 foi eleito uma das 7 maravilhas de Portugal. No entanto, o Palácio Nacional da Pena há muito encanta quem o visita. Seja pela imponente arquitectura, pela exótica decoração, que mistura vários estilos, ou pelo parque que o rodeia, este edifício constitui uma das mais belas construções da região de Lisboa. A 4,5km do centro histórico de Sintra, foi projectado pelo arquitecto Barão de Eschwege e decorado pelo próprio Rei D. Fernando II.
De convento em ruínas a palácio
Em 1839, o monarca visitou as ruínas de um antigo convento que tinha sido destruído por um raio e pelo (grande) terramoto de 1755. Mandado construir por D. Manuel I, o Mosteiro Jerónimo de Nossa Senhora da Pena encantou D. Fernando II, que então o adquiriu e transformou na sua residência de Verão.
Para dirigir a restauração do edifício, contrata o Barão de Eschwege, um arquitecto alemão que trabalhava em Portugal como engenheiro de minas. O projecto do palácio era inspirado noutras construções europeias, nomeadamente nos castelos da Baviera. Mas, ao nível da decoração e dos detalhes, foi o gosto do monarca que o “revestiu”. Deve-se à sua personalidade eclética e romântica a mistura de arcos, torres medievais, traços de inspiração gótica e árabe que o caracterizam.
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Palácio da Pena, entrada principal.
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Palácio da Pena.
Após a morte e D. Fernando, o palácio ficou entregue à sua segunda mulher, Elisa Hendler (Condessa de Edla). Na época, este facto causou grande polémica, dado que publicamente o palácio era já considerado um monumento. Elisa Hendler acabou por aceitar um acordo com o Estado português – que lhe ofereceu uma proposta de compra – e reservou para si apenas os aposentos do “Chalet da Condessa”. O Palácio da Pena passou a partir daí a ser Património Nacional.
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Palácio da Pena, Tritão.
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Palácio da Pena, Tritão.
Um castelo de fantasia e exotismo
A construção deste palácio foi idealizada para o Parque da Pena, uma vasta área verde salpicada de enormes rochedos que o rodeia. São mais de 85 hectares de jardins, lagos, pontes e pequenas estufas e viveiros com diversas flores e árvores vindas de todo o mundo. Do interior, é possível ver-se uma das obras de arte: uma escultura de um guerreiro.
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O palácio está dividido em quatro áreas: as muralhas que o cercam, com duas portas; o antigo convento restaurado juntamente com a torre do relógio, no topo da colina; o pátio com a sua parede de arcos; e a zona palaciana, caracterizada pelo seu interior em estilo cathédrale, com mobiliário e decorações típicas da época.
Do antigo convento foram conservados os claustros, a capela e alguns anexos que serviram de base para a reconstrução. A sua adaptação, realizada com uma junção de vários estilos e influências góticas, mouriscas, neo-manuelinas e árabes, resultou num ambiente de um autêntico cenário “das mil e uma noites”, nas palavras de Richard Strauss: “Hoje é o dia mais feliz da minha vida. Conheço a Itália, a Sicília, a Grécia e o Egipto e nunca vi nada que valha a Pena. É a coisa mais bela que tenho visto. Este é o verdadeiro jardim de Klingsor – e, lá no alto, está o castelo do Santo Graal”.
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A fachada principal e a capela foram revestidas de azulejos. Todas as torres (exceptuando a do relógio) receberam cúpulas, baseadas essencialmente em obras como a Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos ou o Convento de Cristo. Os aposentos do palácio foram também decorados com azulejos, para além de inúmeras pinturas murais em trompe-l’oeil e peças únicas de colecção, espalhadas pelas várias salas existentes.
O “Chalet da Condessa”, mandando construir como zona de lazer para o rei-consorte e a sua mulher, está parcialmente destruído. Tendo sido inspirado nos chalés dos Alpes, estava rodeado por um jardim e o seu revestimento exterior simulava madeira (algo comum em finais do século XIX). O processo de recuperação começou em 2007 pela empresa Parques de Sintra – Monte da Lua e a primeira fase de trabalhos terminou há poucos meses.
Desde a implantação da República, em 1910, o Palácio da Pena tornou-se museu e passou a ser chamado Palácio Nacional da Pena. Digno de um conto de príncipes e princesas, representa o mais belo exemplar da arquitectura romântica portuguesa.
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Palácio da Pena, minarete.
(Parques de Sintra - Monte da Lua. Todas as fotos foram cedidas pelo departamento de comunicação

ARQBest-Arquitetura | Casa Villa 3S



Casa Villa 3S
A Villa 3S viu a sua construção concluída em Setembro de 2010, em Graz (Austria). Projectada pela Love Home, esta casa está organizada em torno de uma sala central para cozinhar, comer e conviver, com grandes portas de vidro de correr. Cada quarto possuí acesso directo ao exterior através de grandes portas, permitindo assim um maior contacto com a natureza do jardim.
Casa Villa 3S
Casa Villa 3S
Casa Villa 3S
Casa Villa 3S
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Casa Villa 3S
Casa Villa 3S
Casa Villa 3S
Casa Villa 3S
Casa Villa 3S

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

ARQBest-Arquitetura | EXPO 2010 – Pavilhão Dinamarquês


The Danish Pavilion, EXPO 2010
A EXPO 2010 em Xangai, contou com um pavilhão Dinamarquês idealizado pela Bjarke Ingels Group, que leva um pouco da Dinamarca à China. No centro do edifício encontra-se a estátua da pequena sereia, rodeada de um pequeno reservatório de água proveniente do Porto marítimo de Copenhaga, um símbolo da Dinamarca. Em torno podemos encontrar uma pista de bicicleta com 1500 bicicletas ao dispor dos visitantes, acompanhada de um espaço para caminhar.
The Danish Pavilion, EXPO 2010
The Danish Pavilion, EXPO 2010
The Danish Pavilion, EXPO 2010
The Danish Pavilion, EXPO 2010
The Danish Pavilion, EXPO 2010
The Danish Pavilion, EXPO 2010
The Danish Pavilion, EXPO 2010
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The Danish Pavilion, EXPO 2010
The Danish Pavilion, EXPO 2010
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