terça-feira, 12 de abril de 2011

ARQBest-Artigo | ARQUITETURA NA ALEMANHA

Prof. Dr. Falk Jaeger Historiador

Ao lado do suíço Le Corbusier, os professores da Bauhaus Ludwig Mies van der Rohe e Walter Gropius e também Bruno Taut e Erich Mendelsohn marcaram o estilo internacional, que via América conquistou o mundo.

No fim do século, quando os arquitetos começaram a se despedir do Modernismo, que se tornou monótono, e a novamente construir no vibrante e decorativo, a Alemanha como reação se abriu para influências de todo o mundo. Os grandes mestres do Pós-Modernismo, James Stirling de Londres, Hans Hollein de Viena, Rob Krier de Luxemburgo, Arata Isozaki de Tóquio, Richard Meier de Nova Iorque e muitos outros foram convidados a construir na Alemanha. Sobretudo a Internationale Bauaustellung (IBA) em 1987 trouxe as estrelas da arquitetura para Berlim e desta maneira também inspirou os arquitetos alemães. Assim a capital alemã ainda dividida tornou-se ponto de encontro de amigos da arquitetura de todos os países e deixou muito para trás outras metrópoles com referência à arquitetura.

Os arquitetos estrangeiros apreciam na Alemanha, sobretudo a qualidade da técnica de construção, pois em nenhum lugar é construído mais resistente e solidamente, mesmo que os severos regulamentos de construção sejam às vezes acusados pelos construtores como limitação.

Quando a partir de 1990, após a reunificação, foi necessário reconstruir a infra-estrutura na antiga RDA e Berlim se torna novamente uma capital e metrópole, a abertura ao mundo novamente provou ter sido vantajosa. Lord Norman Foster converteu o antigo parlamento em um novo parlamento alemão. Renzo Piano, Richard Rogers, Daniel Libeskind, Rafael Moneo, Helmut Jahn e muitos outros vieram à cidade e a proporcionaram com suas construções um fluído internacional. Arquitetos alemães, Stephan Braunfels, von Gerkan Marg und Partner, Hans Kollhoff e Josef Paul Kleihues deram a sua contribuição à nova capital. O Ministério Federal, construído por Axel Schultes e Charlotte Frank, é um símbolo da nova arquitetura alemã, que após a Segunda Guerra Mundial se exercitou na modéstia, e novamente representa auto-confiança. Sua arquitetura expressiva e inequívoca, entretanto, deve ser tão conhecida aos telespectadores no mundo todo, quanto a Casa Branca em Washington.

O cenário da arquitetura na Alemanha tem várias formas, com um ponto principal na capital, entretanto, por causa do sistema federalista com muitos centros regionais e diferentes correntes. As câmaras de arquitetos, a representação civil oficial, como também as associações livres de arquitetos são igualmente organizadas federalmente. Dez universidades e algumas dezenas de escolas superiores e academias formam 20.000 estudantes de arquitetura. O Museu Alemão de Arquitetura não está em Berlim, mas em Frankfurt am Main e em 2002 recebeu concorrência do Museu de Arquitetura em Munique.

Mesmo que as modas arquitetônicas também mudem rapidamente, o foco de atenção migra nos tempos de hoje para a Áustria, Holanda, Los Angeles, Londres e Basiléia, um importante, e provavelmente o desenvolvimento mais importante da arquitetura contemporânea tem sido exercido sobretudo na Alemanha, a construção ecológica, a pesquisa de energia solar e outros recursos regenerativos para o uso na construção. Casas já têm sido construídas, que não consomem energia, mas ao contrário, distribuem na rede energia solar na forma de eletricidade. Novos métodos de processamento de madeira e sofisticados métodos de construção fazem concorrência à matéria-prima reabastecida e livre de poluentes, e ajudam a evitar métodos de construção prejudicial ao clima e ao ambiente. A indústria alemã de construção está correntemente levando a este caminho do futuro.

Assim a Alemanha é ainda um importante local para a arquitetura mundial, que por inúmeros motivos vale a pena visitar.

Prof. Dr. Falk Jaeger Historiador e crítico de Arquitetura Tradução: Almerinda Cavalcante Stenzel

Copyright: Goethe-Institut, Online-Redaktion online-redaktion@goethe.de Fevereiro de 2003

Fonte: Instituto Goethe

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