sexta-feira, 29 de abril de 2011

ARQBest-ARTIGO | Arquitetura desconstrutivista!

ARQUITETURA DESCONSTRUTIVISTA

"Desenvolvida a partir das formulações do
filósofo francês Jacques Derrida,
a desconstrução atribui aos significados
a condição de construções culturais,
questionando a concepção metafísica
de centros unificadores do mundo"





Arquitetura desconstrutivista (AO 1945: arquitectura desconstrutivista), também chamada movimento desconstrutivista ou simplesmente desconstrutivismo oudesconstrução, é uma linha de produção arquitetônica pós-moderna que começou no fim dos anos 80. Ela é caracterizada pela fragmentação, pelo processo de desenho não linear, por um interesse pela manipulação das idéias da superfície das estruturas ou da aparência, pelas formas não-retilíneas que servem para distorcer e deslocar alguns dos princípios elementares da arquitetura, como a estrutura e o envoltório (paredes, piso, cobertura e aberturas) do edifício. A aparência visual final dos edifícios da escola desconstrutivista caracteriza-se por um caos controlado e por uma estimulante imprevisibilidade. Tem sua base no movimento literário chamadodesconstrução. O nome também deriva do construtivismo russo que existiu durante a década de 1920 de onde retoma alguma de sua inspiração formal.

MODERNISMO E
PÓS MODERNISMO

Na arquitetura contemporânea, o desconstrutivismo situa-se em oposição à racionalidade ordenada do modernismo. Sua relação com o pós-modernismo também é resolutamente oposta. Embora arquitetos pós-modernistas e desconstrutivistas emergentes tenham publicado suas teorias lado a lado no periódico Oppositions (Oposições), publicado entre 1973 e 1984, o conteúdo dessa revista marcaria o início de uma ruptura decisiva entre os dois movimentos. A desconstrução assumiu uma postura de confrontação frente à arquitetura e à história arquitetônica, querendo separar e desmontar a arquitetura. Ainda que o pós-modernismo tenha retornado a abraçar — geralmente às escondidas ou ironicamente — as referências históricas que o modernismo temia, o desconstrutivismo rejeita a aceitação pós-moderna dessas referências. Também rejeita a idéia de ornamento como uma reflexão a posteriori ou decoração. Esses princípios têm como conseqüência o alinhamento do desconstrutivismo com as suscetibilidades do anti-historicismo modernista.

FILOSOFIA
DESCONSTRUTIVISTA

O principal canal da filosofia desconstrutivista à teoria arquitetônica ocorreu através da influência do filósofo Jacques Derrida sobre Peter Eisenman. Eisenman traçou algumas bases filosóficas do movimento literário da Desconstrução e colaborou diretamente com Derrida em alguns projetos, como a participação no concurso do Parc de la Villette, documentado em Chora l Works. Tanto Derrida e Eisenman como Daniel Libeskind, estavam preocupados com a "metafísica da presença" e este é o principal tema da filosofia desconstrutivista na teoria arquitetônica. O pressuposto é que a arquitetura é uma linguagem capaz de comunicar um sentido e de ser tratada por métodos da filosofia linguística.A dialética da presença e da ausência, ou do sólido e do vazio, aparece em muitos projetos de Eisenman, tanto nos construídos como nos não-construídos. Tanto Derrida quanto Eisenman acreditam que o locus, ou o lugar da presença, é arquitetura, e a mesma dialética da presença e da ausência é encontrada na construção e na desconstrução.

ENTENDENDO
MELHOR

De uma maneira ampla, podemos falar de estruturalismo toda vez que um objeto de conhecimento é encarado como uma estrutura. Essa prática foi saudada como um passo adiante da visão mecanicista do mundo, segundo a qual esse objeto era encarado como uma máquina. Consideramos que foi a partir do século 17, com Descartes, Galileu e depois com Newton que o modelo da máquina se tornou o orientador do pensamento científico. Na física newtoniana, o universo era considerado uma grande máquina, e os astros, suas peças. Na física atômica, o átomo seria a microrrepresentação do universo, uma minúscula máquina. Na medicina e na biologia, o corpo humano e os outros organismos também seriam máquinas, os órgãos, suas peças. No âmbito da arquitetura, mais recentemente, lembremos da "máquina de morar" de Le Corbusier. O modelo da máquina foi o principal orientador do pensamento moderno, e podemos dizer que a ele devemos muito do que se conseguiu em termos de conhecimento científico. Apesar disso, esse modelo tem suas limitações, e essas apareceram com muita clareza já no século 19.



Desconstrução do plano horizontal
As limitações começam pela determinação de que para o estudo eficiente dos corpos materiais deve o estudioso ater-se às suas propriedades mensuráveis: dimensões, quantidades e movimento. Obviamente que muitas coisas não se explicavam segundo a visão mecanicista. Todas as vezes que se lidava com objetos de conhecimento mais difíceis de mensurar, como nas ciências sociais, psicologia etc. as limitações se tornavam claras e insuperáveis.




A visão estruturalista começa com a constatação de que o todo é mais do que a soma de suas partes. Dito em outros termos, um conjunto individualizado, seja um grupo social, a mente humana, a língua falada etc. é uma estrutura com características próprias e que em muito excede as de suas partes consideradas em particular ou mesmo em conjunto. A diferença entre a visão estruturalista e a visão mecanicista é a ênfase colocada nos elementos estruturantes, e não nas partes componentes. Para entender bem a posição dos estruturalistas, falemos de um argumento clássico: uma melodia. Esta é composta de notas musicais, mas o estudo isolado dessas notas, por mais acurado que seja, não esclarece nada sobre a melodia. É o estudo do conjunto e de seus elementos estruturantes, das sequências, das ênfases, das posições relativas das notas entre si, que vão permitir o entendimento dessa melodia.

GRANDES NOMES QUE USAM O DESCONSTRUTIVISMO

ZAHA HADID



Zaha Hadid (árabe: زها حديد) (Bagdad, 31 de Outubro de 1950) é uma arquiteta iraquiana identificada com a corrente desconstrutivista da arquitetura.
Formou-se em Matemática na Universidade Americana de Beirute. Após se formar, passou a estudar na Architectural Association de Londres. Depois de se graduar em arquitetura tornou-se membro do Office for Metropolitan Architecture (OMA), trabalhando com seu antigo professor, o arquiteto Rem Koolhaas. Em 1979, passou a estabelecer prática profissional própria em Londres. Na década de 80, também lecionou na Architectural Association.

FRANK GEHRY

Ganhador do Pritzker Prize, que é tido como o Nobel da arquitetura.
Gehry conhecido pelo seu design arrojado na arquitetura, repleto de estruturas curvas, geralmente em metal. Seus projetos, implantados em diferentes cidades do mundo, tornaram-se atrações turísticas e incluem residências, museus e sedes de empresas. Sua obra mais famosa é oMuseu Guggenheim Bilbao, em Bilbao, Espanha, todo feito revestido de titânio. Outros projetos importantes são o Walt Disney Concert Hall no centro de Los Angeles, a Casa Dançante em Praga, República Checa, e sua residência particular, em Santa Mônica, California, os quais marcaram o início de sua carreira.




CONFIRA TAMBÉM:

ARQBest-Arquiteto do mês | Frank Gehry



Um comentário:

Anônimo disse...

PLÁGIO.

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